Gilnei Cabeceira: Situação ou oposição?

Findando os primeiros dois anos da atual legislatura e sem chances de uma reeleição para presidente da Câmara Municipal de Vazante, o vereador Gilnei Gonçalves Pereira – “Cabeceira” (PRB) parece ter novamente mudado de posição política. Eleito no pleito de outubro de 2012 pelo grupo que apoiava o candidato derrotado, Dr. Jacques Soares (PSD), o vereador teria mantido contatos freqüentes com o prefeito eleito Dr. José Benedito (PHS) antecipando aliar-se ao mesmo, mas manteve sigilo desta manobra até as eleição, pois precisava da força dos vereadores de sua base para se tornar presidente. Bastou ser eleito para que abandonasse seu grupo aliando ao prefeito Dr. José, motivo de decepção para a bancada de oposição.
Concluindo seus dois anos à frente da casa, ele não se mostrou bom administrador político, pois neste tempo fez crescer entre os companheiros e adversários mais rejeição do que simpatia. Não inovou e contrário a isto, restringiu em muito as relações do Legislativo com a comunidade que representa. Ao lugar de crédito para a Câmara e seus vereadores deixou inclusive que a mesma caísse no esquecimento, pois não promoveu qualquer tipo de campanhas institucionais na imprensa ou por outros meios que viessem transparecer as atividades do legislativo em Vazante. Vale ressaltar que quase ninguém assiste às sessões da casa e quando um fato aflora e vira notícia repercute mais seus pontos negativos principalmente nas redes sociais.
Neste cenário, nada favorável, o atual Presidente da Câmara se mostra mais uma vez migrando de um lado para outro, ou seja, voltando para a sua “bancada mãe” e se afastando de governo municipal. A quem diga que isto poderá ser mais um “tiro no pé” do jovem político que almeja inclusive chegar a prefeito nas próximas eleições. Talvez entenda ele que já é hora de se afastar de Dr. José Benedito que vive seu terceiro governo de crises, principalmente financeira. Se Gilnei realmente deixar Dr. José e vir a votar na chapa de oposição, provavelmente encabeçada por Elí Custódio (PMDB), será apenas um voto natural, pois foi eleito por este grupo. Mas é bom lembrar que a ala governista na Câmara deverá concorrer com chapa encabeçada por Belchior Beca (PSDB) que por enorme experiência saberá trilhar os caminhos para se eleger pela terceira vez e bastará ganhar um voto vindo da oposição. Há quem diga que este pode ser do Gilnei Cabeceira que parece ter o forte hábito de mudar de lado político quando bem lhe convier. Afinal ele é situação ou oposição? Eis a questão.